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Mario Persona

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domingo, 11 de dezembro de 2011

A verdade resplandece em uma vivida manifestacao de Deus e em vivificante aplicação aos homens

Todavia, volto a dizer que tanto na Pessoa de Cristo como nas comunicações feitas pelo Espírito Santo (sendo a vida de Cristo, de um modo ou de outro, a luz dos homens), a verdade resplandece na vívida manifestação de Deus, e em sua vivificante aplicação aos homens. E, em conformidade com a sabedoria de Deus, ela está associada ao desenrolar progressivo [1] inerente à verdade quando esta é comunicada ao homem, e é adaptada às capacidades espirituais dos homens, aos quais ela foi dirigida, e às suas necessidades específicas.
[1] Deve ficar bem entendido que falo aqui da verdade revelada no Novo Testamento. A sua comunicação, nesta revelação, foi ficando cada vez mais clara após a descida do Espírito Santo, o que ocorreu depois de o Senhor ter sido glorificado. Ao falar da natureza do próprio Deus, o apóstolo podia dizer que o "mandamento novo... é verdadeiro nEle [Cristo] e em vós; porque vão passando as trevas, e já a verdadeira luz ilumina" (1 Jo 2:8). Trata-se de um Cristo que é a sabedoria de Deus. "Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" Cl 2:9. Toda a plenitude aprouve habitar nEle. Ele santificou-Se a Si mesmo para que pudéssemos ser santificados por meio da verdade. O Espírito Santo, ao receber todas as coisas que são de Cristo as revelou aos apóstolos e os guiou a toda a verdade. Agora todas as coisas que o Pai possui são de Cristo, por isso Ele disse que o Espírito Santo iria receber do que é dEle e lhes mostraria (Jo 16:13-15).Sendo assim a questão se algo mais seria acrescentado depois fica resolvida. Acaso pode existir qualquer coisa maior que "toda a plenitude da divindade" (Cl 2:9)? Mais do que "tudo quanto o Pai tem" (Jo 16:15)? Mais claro que a "verdadeira luz" (1 Jo 2:8)? Mas é isso que é revelado. Se pensarmos no homem, cujas ideias se originam em si mesmo, como se fosse uma aranha que desenrola sua teia a partir de seu próprio fio, não há dúvida de que poderíamos pensar em um desenvolvimento. Mas naquilo que concerte à revelação de Cristo, pela dádiva da verdadeira luz que já veio, Cristo não pode ser mais do que já é. Além disso, é certo que não encontraremos coisa alguma boa fora de "tudo quanto o Pai tem" (Jo 16:15). É isto o que possuímos por revelação. O desenrolar inerente à comunicação da verdade ao homem depende da capacidade de recepção deste (nisto sim há um desenvolvimento para cada um de nós). Depende também da manifestação de Cristo, desde o tempo de João Batista até Sua completa revelação pelo Espírito Santo -- uma revelação que temos no Novo Testamento. Nenhuma tradição poderá acrescentar coisa alguma à revelação daquilo que Cristo é. Nenhum acréscimo pode nos dar uma nova verdade acerca de Sua plenitude. Isso já é tudo, portanto as vãs pretensões do homem são anuladas.
Não há dúvida de que as revelações do Novo Testamento são para os santos de todas as épocas, mas historicamente falando elas foram endereçadas aos homens vivos e adaptadas às suas condições. Mas esta circunstância de maneira nenhuma enfraquece a verdade que é comunicada: ela é de Deus, como o próprio apóstolo expressa: "Não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus; antes, falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus" (2 Co 2:17). E também: "Não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade" (2 Co 4:2). Ele nada acrescenta a esse vinho puro; ele não o adultera. Aquilo que lhe foi dado flui dele tão puro quanto o recebeu. [2]
[2] As afirmações de 1 Coríntios 2 são precisas neste sentido, e da maior importância para nossos dias. "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam [essa era a condição no Antigo Testamento], mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito" [isso é revelação]. "As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina" [isso é a comunicação delas, a inspiração]. Em terceiro lugar, "elas se discernem espiritualmente" [isso é a recepção delas]. A revelação, o testemunho inspirado e a recepção disso por graça e poder do Espírito estão todas claramente afirmadas aqui.

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